Pedras Na Vesícula

21/03/2016 14:22

As pedras na vesícula cientificamente chamadas de cálculos são formadas principalmente por dois fatores: genética e meio ambiente (hábitos alimentares basicamente).

Existem diferentes tipos de cálculos que podem ter na sua composição colesterol, bilirrubina e outros elementos. Em Santa Catarina tudo indica que exista um predomínio de cálculos de colesterol.

Os cálculos são formados dentro da vesícula biliar por um desequilíbrio entre os vários componentes da bile. Existe uma saturação dos componentes como por exemplo o colesterol e falta água para dissolver esses cristais que se precipitam e começam a crescer formando os cálculos que com o passar do tempo continuam aumentando de tamanho.

As mulheres brancas, obesas e multíparas (muitos filhos) têm maior propensão a formarem esses cálculos.

Os cálculos podem ficar dentro da vesícula e não causarem nenhum problema.

As vezes um deles pode obstruir o canal de saída da vesícula (canal cístico) e impedirem a saída da bile para um outro canal chamado de colédoco ou “canal da bile”.

Pode ser que esse entupimento seja transitório e o paciente vai somente sentir dor em cólica na região da vesícula erroneamente atribuída a “dor no fígado”.

Outras vezes o cálculo causa dor, inflamação e infecção da vesícula. Essa condição é chamada de colecistite aguda e necessita cirurgia para retirar a vesícula doente junto com os cálculos. Essa operação pode ser feita por vídeolaparoscopia ou por laparotomia (abertura do abdome com um corte maior).

A vesícula pode conter um ou vários cálculos que podem ser de vários tamanhos. Os mais problemáticos são os muito pequenos porque podem ser causa de uma outra doença chamada pancreatite aguda.

O exame que indica a presença ou não dos cálculos é o ultrassom. Não há necessidade de tomografias ou outros exames de imagem mais sofisticados.

Na maioria das pessoas a retirada da vesícula não causa problemas mas um percentual pequeno pode vir a ter problemas de digestão depois da cirurgia que as vezes melhoram com o tempo.

Prof. Marcelo B. Teive MD MSC PhD