Dor nas pernas para caminhar: Um sinal de alerta

16/09/2019 17:30

A dor nas pernas para caminhar pode ser indício de obstrução das artérias dos membros inferiores. A Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) é geralmente causada pelo depósito de “gordura”, cálcio e outros elementos nas artérias que transportam sangue para os membros inferiores (pernas), reduzindo seu calibre e trazendo um déficit sanguíneo aos tecidos por elas irrigados. Processo este denominado de aterosclerose.

O progressivo aumento das “placas” ateroscleróticas passa a causar deficiência da irrigação sanguínea, levando a pessoa sentir dor ou câimbras nas pernas ao caminhar e que melhoram com alguns minutos de descanso. Este sintoma é chamado de claudicação intermitente. A localização da dor depende de qual artéria está obstruída ou estreitada, sendo que a panturrilha é o local mais comum. Em casos mais graves a dor causada pela falta de circulação pode estar presente mesmo no repouso ou deitado e podem aparecer feridas nas pernas e pés, muitas vezes associado a necrose. Nestes casos considera-se um estado de isquemia bastante crítica e com risco de perda do membro acometido.

Os principais fatores de risco para a doença obstrutiva das artérias das pernas incluem: tabagismo, diabetes, obesidade, hipertensão, colesterol elevado, idade avançada, sedentarismo e histórico familiar.

A melhor maneira de prevenir a doença obstrutiva das artérias das perna é manter um estilo de vida saudável, praticar  exercícios regularmente, parar de fumar, controle de dieta livre de gordura saturada, controle do peso e controle de doenças com diabetes, hipertensão e colesterol elevado.

Quando os sintomas são mais amenos devemos considerar o tratamento com medicações, exercícios orientados e mudança nos hábitos de vida.

Nos pacientes com dor (claudicação) que venha a limitar as suas atividades cotidianas ou com isquemia considerada crítica existe a indicação de tratamento cirúrgico ou endovascular. A técnica endovascular é um método de tratamento minimamente invasivo e consiste no uso de balões e “stents” para abrir as artérias obstruídas através de uma punção na região inguinal (virilha).

Prof. Dr. Rafael Narciso Franklin

Serviço de Cirurgia Vascular