Departamento de Cirurgia
  • Curso de anestesia regional reúne médicos e residentes de medicina de urgência e de família

    No dia 26 de agosto, a UFSC realizou o curso de extensão em Bloqueios Nervosos Periféricos de Mão e Pé, que contou com a participação de 13 médicos tutores e residentes das áreas de Saúde da Família e Medicina de Urgência.

    A capacitação foi ministrada pelas professoras Ana Paula Mazargão Casadei e Elisa C. Winkelmann Duarte, do Departamento de Morfologia, e pelo professor Getúlio R. de Oliveira Filho, do Departamento de Cirurgia, que também coordenou o curso. A atividade teve o apoio do médico residente em Anestesiologia Danilo Kotake e dos acadêmicos de Medicina Adrian Davi da Silva Ferraz de OliveiraGiancarlo Beluzzo da Motta de Lima Sinke, Adroaldo Vieira Sá Neto e Milena Cristina Mafra, que atuaram como facilitadores. O curso contou com o apoio do técnico em anatomia Thiago Medeiros Rocha e da técnica em enfermagem Larissa Pinho.

    A programação combinou aulas teóricas sobre anatomia e anestesia local com práticas em peças anatômicas, abordando técnicas de bloqueios nervosos. Os participantes avaliaram o curso como altamente proveitoso e de grande aplicabilidade na prática clínica.

    Este curso representa uma colaboração da UFSC com a formação e aprimoramento de médicos em formação e atuantes pela Secretaria de Estado da Saúde/ SC.


  • Curso teórico-prático de nós, fios e suturas convencionais, mecânicas e laparoscópicas

    No dia 23/08/2025, (Aldo Elias K Takano; Getúlio Rodrigues, José Roberto Alves e Saint Clair Vieira), plantaram uma semente no que tange a melhor capacitação dos profissionais da saúde, em formação e recém-formados, referente a prática dos fundamentos dos conhecimentos cirúrgicos e anestésicos. Com a participação de alunos da graduação médica (a maioria do último ano do curso) e odontológica, assim como de profissionais já formados (como médica veterinária), durante toda essa data foi apresentado e realizado treinamento (por meio de estações práticas tipo “hands on”) na confecção de nós cirúrgicos, realização de suturas diversas (extracorpórea intra e extradérmica / intracorpórea), prática e uso de formas variadas de energia hemostática\selante, manuseio de grampeadores mecânicos diversos e prática em simuladores videolaparoscópicos. Todos os participantes forneceram “Feedback” positivo, destacando principalmente a organização, preparação e qualidade dos professores e monitores do curso, estrutura física do local do evento, qualidade do conteúdo teórico e estações práticas realizadas, apresentando como desfecho um excelente aprendizado de todos os participantes, independentemente, do nível de formação. Por fim, é válido destacar que o curso faz parte de um projeto de extensão do Departamento de Cirurgia da UFSC e tem previsão de novas edições futuras, sendo a próxima provisionada para o 1º semestre de 2026. Nesta pretende-se realizar melhorias, mais estações práticas e apresentar um E-Book com todo conteúdo teórico disponibilizado no curso.


  • Departamento de Cirurgia promove curso teórico-prático sobre fundamentos em nós, fios e suturas

    O Departamento de Cirurgia está promovendo o curso “Fundamentos em Cirurgia: Nós, Fios, Suturas Convencionais, Mecânicas e Laparoscópicas”, voltado a estudantes de Medicina e profissionais da área da saúde que desejam aprimorar conhecimentos e habilidades essenciais para a prática cirúrgica.

    Com base em aulas teóricas e sessões práticas em simuladores (hands on), o curso oferece uma formação abrangente em técnicas fundamentais, incluindo:

    • Tipos de agulhas, fios e técnicas de semi-nós;

    • Anestesia local e locorregional;

    • Pontos extra-corpóreos e suturas laparotômicas;

    • Videolaparoscopia e sutura intra-corpórea;

    • Uso de grampeadores mecânicos e energia hemostática.

    As atividades práticas serão distribuídas em estações que contemplam desde pontos simples e semi-nós até práticas avançadas com grampeadores e energia hemostática.

    O curso contará com a participação de professores experientes, como José Roberto Alves, Getúlio Rodrigues de Oliveira Filho, Saint Clair Vieira e Elias K. Takano, além de representantes de empresas de tecnologia cirúrgica.

    As vagas são limitadas e as inscrições já estão abertas. Os interessados podem obter mais informações e se inscrever através do link:

    👉 https://www.feesc.org.br/inscricoes/evento/iniciar_inscricao/187


  • Como Estudantes de Medicina Devem se Preparar para Residências Cirúrgicas

    À medida que os estudantes se aproximam do final do curso de medicina e se preparam para ingressar em programas de residência em cirurgia, é fundamental que possuam uma base sólida em habilidades técnicas e não técnicas. Diversos estudos e entidades de ensino médico destacam que a proficiência precoce em competências cirúrgicas básicas não apenas contribui para a segurança do paciente, mas também facilita uma transição mais tranquila para o ambiente desafiador do treinamento cirúrgico.

    A Importância da Preparação Cirúrgica Pré-Residência

    Os programas de residência esperam, cada vez mais, que os novos residentes demonstrem desde o primeiro dia de treinamento o domínio de habilidades essenciais. Essa expectativa reflete a realidade da prática cirúrgica contemporânea, na qual há pouco tempo disponível para remediar deficiências em técnicas básicas e onde a segurança do paciente e a eficiência no centro cirúrgico são prioridades.

    Competências que o Estudante Deve Adquirir

    Diversas competências são amplamente reconhecidas como essenciais para estudantes que se preparam para as residências em cirurgia:

    1. Suturas e nós cirúrgicos básicos: O estudante deve ser capaz de realizar pontos simples interrompidos, suturas contínuas e nós cirúrgicos seguros, tanto em técnicas abertas quanto laparoscópicas.
    2. Técnicas de assepsia e protocolos do centro cirúrgico: O domínio adequado das técnicas de escovação, paramentação, uso de luvas e manutenção do campo estéril é fundamental.
    3. Manuseio de instrumentos cirúrgicos: É esperado que o estudante saiba identificar e utilizar instrumentos básicos como porta-agulhas, pinças e tesouras.
    4. Execução de procedimentos básicos: Inserção de sonda vesical de demora, punção venosa periférica, passagem de sonda nasogástrica e manejo básico de vias aéreas são habilidades indispensáveis.
    5. Interpretação de exames básicos: A leitura de radiografias de tórax, a interpretação de gasometrias arteriais e de eletrocardiogramas simples são competências diagnósticas importantes.
    6. Comunicação e documentação clínica: A redação correta de evoluções e prescrições, bem como a comunicação eficaz com a equipe cirúrgica, são habilidades não técnicas essenciais.

    O Papel do Departamento de Cirurgia

    O Departamento de Cirurgia está plenamente capacitado para oferecer a base de conhecimento e habilidades necessárias aos estudantes de medicina que se preparam para ingressar nas residências em cirurgia. Por meio de laboratórios de habilidades, treinamentos em simulação e atividades práticas estruturadas, o departamento proporciona aos estudantes oportunidades para desenvolver essas competências sob orientação qualificada. Nossa missão é garantir que os formandos estejam confiantes, preparados e aptos a atender às exigências dos programas de residência.

    Referencias: 

    1. Langdale LA, Schaad DC, Wipf JE, Marshall SG, Pangaro LN. Preparing graduates for the surgical residency: developing a curriculum for the fourth year of medical school. Journal of Surgical Education. 2003;60(6):335–339.
    2. 2. Naylor RA, Hollett LA, Valentine RJ, Bowling MW, Ma AM, Rich NM, et al. Can medical students achieve skills proficiency through simulation training? American Journal of Surgery. 2010;199(6):797–802.
    3. 3. American College of Surgeons & Association for Surgical Education. Medical Student Core Curriculum.https://www.facs.org/for-medical-professionals/education/programs/acsase-medical-student-core-curriculum/


  • A Anatomia Cirúrgica em Risco: O Que Pensam os Formadores de Cirurgiões?

    A formação cirúrgica está mudando — e nem sempre para melhor. Segundo o artigo publicado no Annals of the Royal College of Surgeons of England, o conhecimento anatômico dos cirurgiões em formação tem sido motivo de crescente preocupação entre os próprios treinadores cirúrgicos. Em uma pesquisa realizada com 174 cirurgiões britânicos, 97,7% dos entrevistados se opuseram à redução do conteúdo de anatomia nas grades curriculares, e a grande maioria considera a demonstração anatômica essencial ou importante na formação dos futuros cirurgiões.

    A pesquisa revelou ainda que 88,5% dos formadores acreditam que atuar como demonstrador de anatomia melhora as habilidades didáticas do cirurgião, e 96,6% afirmam que essa prática eleva o conhecimento anatômico — uma base inegociável da prática cirúrgica. No entanto, mudanças nos currículos médicos e nas exigências dos exames de qualificação têm deslocado o foco da formação, priorizando habilidades de comunicação em detrimento das ciências básicas, como a anatomia.

    O estudo conclui que, para manter padrões elevados de competência clínica, é essencial revalorizar o ensino anatômico. Cursos locais e regionais de anatomia cirúrgica aplicada, e mesmo a reinstituição de postos formais de demonstradores de anatomia, podem ser caminhos viáveis. Afinal, como já foi dito: “As ciências básicas são os alicerces da medicina científica — e é sobre elas que se constrói a habilidade clínica.”

    Referência:

    Tibrewal S. The anatomy knowledge of surgical trainees: the trainer’s view. Ann R Coll Surg Engl (Suppl). 2006;88:240–242. DOI: 10.1308/147363506X113857.


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